11 julho 2018

Apenas lembranças

Hoje é o dia muito impostante para mim, nunca passou pela minha cabeça como seria sem ela aqui comigo, sempre sonhei entrar na igreja ao lado dela e mim desejando sorte. Sonhava todas as noites com isso. Eu sei que um dia ela poderia vim faltar mas não nesse momento que fará parte de minha história como pessoa, filha, esposa e  mãe, hoje a dor não é tão dolorosa, coloquei no mundo um lindo menino e sei que a dor diminuiu, mas esse não é ponto inicial . Tudo começou no ano de 2003 quando minha mãe, deixou de existir naquele momento, ela tinha falecido quando eu tinha apenas 10 anos de idade, não era somente eu naquele momento que estava em um rio de lagrimas, também tinha meu irmão mais velho que eu 6 anos e não sabia o quanto que ele estava sendo forte naquele momento tão doloroso. Nunca passou pela minha cabeça que um dia ela poderia vim faltar, meio que fiquei sem chão naquele momento, creio que qualquer ia  sentir algo assim. 


Depois de dois anos depois fui morar com meu pai, no começo não foi fácil, logico que ele não sabia como criar uma pré-adolescente, meus pais eram divorciados á muito tempo. Como ele não tinha residência fixa, foi para casa de minha mãe, claro que era próxima da casa de onde ele morava de aluguel. Bem no início foi bem complicado, ele mal dava atenção, estava indo mal na escola, tirando notas baixas, meses depois fui morar com a ex-mulher dele, passei fome no começo, não sabia se aquilo era castigo ou algo do tipo, chorei muito no começo. apesar de meus esforços de não ir para outra cidade vizinha, fui obrigada ir novamente para outra escola e outra casa, dessa vez fui morar com a minha tia, irmã de meu pai, tirando a parte que de todas as 3 filhas dela só uma mim amava, a Ana, sempre quando estava precisando do apoio dela ela estava lá, só que eu não estava pronto o suficiente para encarar as outras duas, pelo que eu entendia elas odeia o meu pai, e simplesmente sofria nas mãos delas, por algo que não fazia a miníma ideia que estava acontecendo, a humilhação não era pouco, era obrigada a dividir o pouco que eu tinha podia ser até uma simples cocada que eu poderia comprar na vizinha,pra elas eu era um nada, arrogância delas, o nariz para cima como se fossem superior a uma criança mal amada, mal compreendida e eu nem entendia, não deixavam brincar com os filhos mimados delas, Carla, sempre alegre e defendia aquela menina, esguia, de pele escura do sol, de cabelos longos e muito mau tratados. Faziam qualquer coisas as escondidas, até bolo elas fazia, mas comiam antes que eu chegasse da escola, os meus dias não foram fáceis, como eu queria que tivesse sido. Nunca fui de ficar calada por aquelas agressão e maltrato da parte delas, meu tio via meu sofrimento, e desprezo de um pai que morava longe e ao mesmo tempo próximo. Minha tia vendo que não dava para ficar naquela situação de abandono, pediu que meu pai tivesse total responsabilidade com aquela criança sem mãe e sem esperança. Decidiu que voltaria para casa de minha mãe, não sei bem certo como poderíamos ir até a cidade vizinha, fui mais de 23 km da casa de minha tia para onde estava a casa de minha mãe, quando cheguei em minha residência foi bem recebida, pelo meu irmão, os vizinhos nem se fala, alguns deram o apoio que precisava.

Como é difícil entender a minha dor

Não importa quanto os dias passam sempre ela vem do nada, aquela lembrança do sorriso dela, não sei como te explicar com está sendo a minha dor naquele momento. Estou prestes a fazer 13 anos, parece que essa dor não acaba. Já faz quase 3 anos que estou sem ela pra dizer o quanto ela era importante pra mim. Quando chegou aquele momento de mãe e filha ela não estava lá, sim esse dia chegou o dia que todas as meninas esperavam, menstruei  pela primeira vez, veio uma felicidade e poucos minutos depois contei para o meu pai já que ele era o único que poderia mim ajudar naquele momento que não era dele. Olhando nos olhos deles falei que tinha acontecido, pensando que ele entenderia , virou-se e disse " pra quê tive uma filha mulher", aquilo mim deixou em choque , sem saber oque fazer, mim deu apenas trés reais para comprar um absorvente, não entendia o porque daquela raiva que ele sentia por mim. Eu sentia o que ele queria era apenas que tinha naquele momento, disse para ele que não tinha culpa de ter nascido e nunca pedi para nascer, sentia raiva naquele momento, de sumir por um bom tempo, sentei no chão da sala, e mim fazia as mesmas perguntas "o porque das coisas dar errado". Não sabia o certo, fui falar com a Ana, melhor amiga de minha mãe, que morava ao lado de minha casa, ela olhou para mim e falou, que esse era o sonho da minha mãe, ver mim tornando uma moça.As 14 anos, meu pai deu a louca de mudar de casa, ir morar em uma cidade ah 31,8 km de onde morava, por alguns motivos, o maior era que meu irmão Dani estava preso e com medo que algo acontecesse conosco ele decidiu sair as pressas daquela casa, vendeu para o vizinho que mim ajudou nos momentos mais difíceis da minha, a minha sorte que eu ia morar vizinho a mina prima Ana, um pouco distante do centro daquela cidade, ela estava louca que chegasse esse dia, parecia que ela estava mais ansiosa que eu, não sei explicar bem que ela sentia. Finalmente meu pai estava aposentado, mas nada ia mudar, ele ainda não entendia que o papel dele de pai, não estava sendo feita. Tinha um pouco de inveja das minhas amigas ter uma mãe do lado, achava um absurdo de como algumas meninas tratavam as suas mães, e porquê elas não sabem como é péssimo não ter uma rainha do lado. Quando chegou o dia da mudança foi igual cena de filme, minhas amigas dando tchau pra minha prima e pra mim, foi uma despedida triste, quando nós estavam na estrada passou umas imagens em minha cabeça, dos momentos felizes de minha vida naquele rua, naquela casa, lembrava do sorriso dela, dos momentos maravilhoso que passei ao lado dela. Sem saber que daquele dia iria mudar muito na minha vida...

Meus dias

Depois dos 15 anos entendi de como é difícil entender a minha dor. Eu sabia que meu coração jamais ia esquece-la, eu entendo agora que sou um pedacinho dela que ainda está respirando, não importava quantos dias  passasse ela estaria em minhas lembranças. Hoje faz 15 anos de sua morte, e sei que no começo não é fácil pra ninguém, creio eu que a ausência dela, foz fez com que eu crescesse como pessoa. Hoje a minha felicidade é compartilhada em um só, meu filho mim fez enxergar que o amor não se apaga, se vive, o sorriso dele é o motivo de tentar novamente todos os dias. Olho ele dormindo e vejo o quanto que ela mim amou, eu sei que falei pouco do meu irmão Dani, e uma história bem longa, 7 anos depois do falecimento de nossa mãe , ele acabou nos deixando, não posso dizer que ele é uma estrela, mais posso dizer que ele está em algum lugar sorrindo pra mim. Perder alguém nós ama, não significa que você esteja sozinho, lembre do sorriso, da voz, do cheiro do perfume, olhe para as estrelas e não deixe o amor que você sente se apagar...


2 comentários:

  1. Que conto lindo e reconfortante! Perdi meu pai há 2 anos e lê isso me trouxe muita paz.
    Obrigada!

    Com carinho,
    neilabahia.com ♥️

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Neila tudo bem? Esse conto foi feito para minha mãe que já faleceu mais ou menos 16 anos atrás e fico super feliz que te trouxe paz ao lembrar de seu pai. Fico grata por acompanhar o meu blog como eu também acompanho o você.
      Beijinhos!

      Excluir

Contato

FALE COMIGO

Esse espaço foi criando para você entrar contato sobre orçamentos e tirar as suas dúvidas. Caso não queira preencher o formulário,então mande diretamente um e-mail para barbaranfacanha@gmail.com.

Postado por:

Babiih Façanha

E-mail

dozedefevereiro@outlook.com

Postagens

Toda Sexta-feira